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Selva Ecoa Medeia
Selva Ecoa Medeia

Nunes, Gabriela F.

gabriela.flores@unesp.br

IA-UNESP

 

Este relato de processo/poema cênico é o princípio de um traçado investigativo acerca da performatividade vocal como gesto estimulante na criação da cena, na composição da personagem, e na lida com o texto para além das palavras. “Selva Ecoa Medeia” é parte das ações que envolvem a pesquisa de mestrado com título provisório “Vocalidade em Performance – entoar o corpo/voz do mito”, no Instituto de Artes da Unesp, com orientação da Prof.ª Dr.ª Wânia Storolli. Nosso ponto de partida é a compreensão da voz numa perspectiva integrada, voz sendo corpo e corpo sendo voz; um campo de investigação sobre a materialidade sonora da voz e sua dimensão corpórea, emocional, político-social e espiritual. Nossa premissa é a de que a investigação da voz nessa perspectiva pode potencializar e ampliar o uso da voz nas artes cênicas.  Partindo da minha jornada como atriz em tragédias gregas encenadas e ensaiadas pelo diretor Antunes Filho[1], do improviso vocal e do jogo com a sombra do próprio corpo este poema em ato ensaia possíveis desdobramentos do universo das mitologias do feminino na vocalidade contemporânea.  O que a Selva tem a nos dizer — essa que gera e que tira? As vozes que ecoam da Selva Terra Medeia é poema cênico que tateia, vozeia e escuta.

 

[1] Estive no CPT durante seis anos, de 1996 a 2002, trabalhei como atriz nas tragédias gregas “Fragmentos Troianos”, adaptação de Antunes Filho de As Troianas e “Medeia”, ambas de Eurípedes; e nas edições 1, 3 e 4 do projeto “Prét’ à Porter”. O projeto começou como um exercício cênico. Era composto por três cenas criadas, escritas, dirigidas e interpretadas pelos(as) próprios(as) atores/atrizes, com uma conversa com o público ao final de cada encontro. Teve sua 1ª edição em 1998 e em 2011 chegou em sua 10ª edição. Também, neste período, ministrei aulas de interpretação, corpo e voz aos atores e atrizes iniciantes. “Fragmentos Troianos” estreou em maio 1999 na Turquia e fez apresentações no Japão dentro do ‘Olympics Theather Festival’que reúne grandes diretores do mundo entre eles: Bob Wilson (EUA), Tadashi Suzuki (Japão) e Thadeus Thorzeopolus (Grécia). No Brasil fez temporada em 1999/2000 no Teatro Anchieta – Sesc Consolação.

Ficha técnica

Criação, composição e atuação – Gabriela Flores

Provocadores cênicos – Elisa Band e Frederico Santiago

Edição do vídeo Marina Flores

Setembro/Outubro - 2020

Gabriela Flores (São Paulo, 1974). Atriz, Pesquisadora e Arte Educadora. Mestranda em Artes (IA-UNESP). Formada em Licenciatura Arte-Teatro (UNESP). Trabalhou com o diretor teatral Antunes Filho em diversos espetáculos. Atriz na Companhia da Mentira e na Companhia Arnesto nos Convidou. Como Arte Educadora tem atuado em diversos programas de iniciação artística. Em 2019 como parte da pesquisa do mestrado realizou a solo performance “Vozes da sombra – entoando Cassandra”, a partir da obra As Troianas de Eurípedes; a ação integrou a programação do 3º Sarau Vozes Performáticas (IA-UNESP).

Instituto de Artes da UNESP

R. Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271

Barra Funda

III Colóquio N'ME

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