Egúngún : Ancestralidade, Ecologia e Tradição Iyorùbá
Egúngún : Ancestralidade, Ecologia e Tradição Iyorùbá
José Roberto Lima Santos
O presente trabalho busca analisar as indumentárias de Egúngún na Nigéria e no Brasil. Através de elementos têxteis, as vestes são criadas para potencializar a memória ancestral, perpetuada com a realização de rituais, funerais, festivais públicos, em terras iyorùbá e brasileiras. Com a reafricanização nos terreiros de candomblé e a inauguração de templos africanos na diáspora, os Egúngún passam a ser cultuados e louvados. E para isso, a criação das indumentárias, que personificam a presença do ancestral venerável, fortalecem a tradição do culto africano tradicional Isèsè Esìn Orisà Ibìlè no Brasil, e os diálogos entre culturas.
Palavras-chave: indumentárias, egúngún, ancestralidade, memória, morte
José Roberto Lima Santos
Artista, Educador e Pesquisador, graduado e pós graduado pela FPA – Faculdade Paulista de Artes entre 2010 e 2014 em Artes Cênicas. Tem flertado com a fotografia, performance, teatro contemporâneo, relacionando experiências referente ao corpo negro nas artes e estudos no que se refere à estamparia artesanal em tecidos, figurinos, customização, decoupage em embalagens e diferentes materiais que possam ser ressignificados. Atualmente, em 2020, está no Mestrado. É aluno na UNESP, Instituto de Artes Campus São Paulo, estando matriculado no PPGA IA – Artes, fazendo parte do Grupo de Estudos Investigações Cênicas: Teatro, Brincadeiras, Rituais e Vadiagens, ministrado e dirigido por Profa. Pós Doutora Marianna Francisca M. Monteiro. A pesquisa em andamento trata-se da Indumentárias dos Orixás, panejamentos e influências ocidentais na diáspora, no que se refere às vestimentas, trajes e indumentárias religiosas utilizadas no Candomblé. Possui experiências artístico educativas em diversas instituições culturais como MAM, Porão das Artes, Rede Sesc, CCBB São Paulo, Oca Ibirapuera, Itaú Cultural, Lisabi Cultural Center, Centro Cultural Africano em São Paulo, entre outros, atuando também como arte educador, realizando mediação e oferecimento de oficinas temáticas. Dialogando com diversas linguagens, desenvolve pesquisas no que se refere à fazeres manuais milenares em diversas culturas: africana, japonesa e também europeia e as relações com o corpo negro afro-descendente na diáspora.